A morte que vem de fora não precisa ser entendida. A morte do suicida é diferente, é gesto que nasce dentro, último acorde de uma melodia que vinha sendo preparada no silêncio do seu ser. O profissional ativa acuidade perceptiva para silêncios – música inaudível –, palavras inexistentes buscadas por emoções sem sentido. O suicida elimina a dor destruindo os mensageiros – corpo e mente – sem saber que deixará de existir. O profissional de saúde mental identifica o não sabido a partir do conhecimento sobre si mesmo, condição para tornar criativo o indispensável saber científico. As reflexões desenvolvidas neste livro visam estimular a busca de significado para vidas que o perderam.
Rogério Moreira
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
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